sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Breve hibernação




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"De manhã para acordar
Demora sempre um bocado
Abre um olho devagar
E vira-se p'ro outro lado."

Esta canção resume grande parte do meu crescimento e, juntamente com o restante repertório do seu autor, foi ouvida vezes sem conta no gira-discos cá de casa.

Adoro dormir.

Se puder(ou seja, se não me melgarem ou na improbabilidade de não ter nada que fazer), durmo o dia todo.
Sempre foi assim. Aliás, quando não estava a pensar em disparates ou a pô-los em prática, estava a dormir.

Depois comecei a inventar estratégias para me obrigar a acordar cedo mesmo quando não tinha que o fazer. Cultivar o hábito, portanto.

Ainda hoje o faço. O Nabo é prova disso. Desde que fui buscar aquele saco de pulgas que tenho que seguir a rotina de o passear às 6h (sim, da manhã, que BOM!), faça chuva ou sol e seja segunda-feira ou domingo.

Mas hoje vou abrir uma excepção. Vou dormir até tarde. Fechei as persianas até ter a certeza que consegui atingir a ausência de luz e nem uma hecatombe me vai negar o prazer de ressonar durante horas sem preocupações. Saqueiem a cidade, espanquem reformados (hmm, acordem-me que neste caso abro uma excepção para assistir e ajudar no que for preciso), violem periquitos; não me importa.

Vou dormir.
Nem a possibilidade de sonhos mirabolantes ou pesadelos impressionantes me abala.
Não se preocupem, não vou aqui falar sobre sonhos que tive.

Essa é outra pancada que muita gente tem; falar sobre os sonhos.
"Ah, acho que é importante partilhar, bla blah.." Não!

Ninguém quer saber o que é que vos fez babar (ou pior) a almofada ou os lençóis. E os que dizem que querem, é só porque são pagos para isso.

E depois as descrições de sonhos são tãããão originais:
"- estava a voar"
ou
" - era eu montado num cavalo branco, parecia mesmo real... MESMO."
ou
" - estava na [inserir local público] quando me apercebi que estava nú."
Ad nauseam.

Se ao menos fossem criativos. Qualquer coisa como:
"- Estava a voar... em cima do Papa, e empunhava uma espada feita de empadas de galinha que ainda cacarejavam."
ou
"- Estava a fazer surf num mar de papel higiénico e a prancha era a minha vizinha do 3º esquerdo."
Etc.

Agora assim não, obrigado. Antes assistir a um torneio de dardos entre cegos, é mais emocionante.

Não quero saber. Vou hibernar, como já não faço há anos e o Nabo que se desenrasque.
Depois levo-o a passear durante uma hora ou duas, para compensar.
Depende, claro, do presente que me aguardar no chão do corredor.

E agora adeusinho e bons sonhos.
MAS, a não ser que sejam como os que exemplifiquei... guardem-nos para vocês, sim?

1 comentário:

Anónimo disse...

Então bitch, sempre conseguiste dormir? Espero que o Nabo te tenha acordado com umas trincadelas, pedi-lhe para o fazer por mim...(uhhhh)ahahah

Espero que as vezes que chegas atrasado não sejam devidas a pequenos desmaios ensonados (ou cagados... seja pelos miúdos, seja pelo Nabo... xD)